quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O corpo humano, “descubro como sou”


O conhecimento e a representação do próprio corpo, denominada de esquema corporal, tem um papel fundamental nas relações entre o EU e o mundo exterior. A consciência do próprio corpo e das suas potencialidades, é abordada na educação pré-escolar em todas as áreas curriculares.
 Ao longo do tempo vamos acompanhando as nossas crianças no seu desenvolvimento integral e partilhando com elas a descoberta da sua identidade e da sua progressiva autonomia. Entre os 3 e os 6 anos, a criança manifesta-se através do seu corpo com maior intensidade e expressa-se de diferentes maneiras na sua relação com o espaço, com os seus colegas, com os adultos e com os objetos.
Assim no Jardim-de-infância de Silvares foram realizadas atividades diferenciadas, relacionadas com este tema e que tiveram como principais objetivos, levar as crianças a explorarem o corpo com todos os sentidos, a nomearem as diferentes partes do corpo humano, a utilizarem o corpo para comunicarem com os outros através da linguagem, do gesto e do movimento, e, a adquirirem hábitos que permitam manter o corpo saudável. Na construção do esquema corporal não bastou a maturação neurológica e sensorial, nem somente o exercício e a experimentação, mas também foi decisiva a experiência social. Isto porque, à medida que a criança cresce e se relaciona, vai descobrindo a sua identidade e a dos outros. A criança é produto e produtora de valores e relações.


Já posso ver com os meus olhos,
com o nariz fazer atchim!
E com a boca pequenina
comer pipocas assim: nham, nham…

Na minha cara redonda
tenho olhos e nariz,
e uma boca pequenina
para comer e para rir.

Aqui tens a minha cara,
que parece uma casinha;
os cabelos da cabeça
são as telhas lá em cima.

Os olhos são as janelas
que me trazem sempre alerta.
E a boca é uma porta
que está quase sempre aberta.

No meio está o nariz,
campainha que te diz:
“Ring, ring, ring, ring,
ring,, ring! Estou feliz!
JI de Silvares, outubro de 2012










terça-feira, 23 de outubro de 2012

“DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO” - em Silvares


“Pensar pedagogicamente a alimentação é interpretá-la como ato de cultura. As conceções alimentares, as preferências gustativas, os hábitos de higiene e os gestos de etiqueta correlativos traduzem modos de pensar, sentir e agir que se diferenciam de País para País, de região para região, de cultura para cultura e de família para família.”

Segundo os especialistas, as crianças comem mal, muito e mexem-se pouco. Deixaram de brincar ativamente na rua para ficarem em casa em frente à televisão ou ao computador. Por outro lado, a era da “fast food” entrou nos hábitos alimentares mesmo das mais pequenas, para já não falar na comida cheia de açúcares e gorduras e sem qualquer valor nutritivo, como determinados “snacks”, batatas fritas de pacote e produtos de pastelaria, que fazem parte dos seus lanches e pequenos-almoços. Mesmo os vulgares cereais devem ser criteriosamente escolhidos, pois a maioria é demasiado rico em açúcar, uma boa razão para que o seu consumo não deva ser diário e em grandes quantidades.
A 16 de Outubro assinalou-se o Dia Mundial da Alimentação, pelo que a EB/JI de Teixugueira - Silvares decidiu dedicar à alimentação saudável e à importância que esta assume nos alunos, algumas atividades diversificadas. Estas passaram pela exposição de uma palestra, exposta pela nutricionista Mariana Silva, sobre a “A Educação para a Saúde”, na apresentação da história “A menina que não gostava de fruta”, pela exposição da roda dos alimentos, canções, lengalengas, adivinhas, poesias, ilustrações, jogos educativos e pela realização de um Folheto informativo. A sala da educação pré-escolar confecionou ainda, uma salada de frutas e um marcador de copos.
Participar e intervir na palestra, em todas as etapas da confeção da salada de frutas e diferenciar as experiências foram estratégias educativas que dispuseram os alunos para uma sensibilidade alimentar que excedeu os limites iniciais do conhecimento de cada criança. Aprendizagens que conhecidas e compreendidas poderão assegurar o êxito de hábitos saudáveis implementados e, com alguma persistência e exemplo, pretendem salvaguardar a saúde destas gerações no futuro.

“Comer é um dos maiores prazeres da vida…”
Ajude o seu filho a transformá-lo num prazer saudável!

EB/JI de Teixugueira - Silvares







sexta-feira, 6 de julho de 2012

Fim de Ano Letivo em Silvares

Dá-se por terminado mais um ano letivo. O dia da Festa e da entrega das pastas/diplomas, é muito especial para as crianças. Os sentimentos de alegria e de satisfação das crianças misturam-se com a emoção, o orgulho e a nostalgia dos professores e das famílias.
Desce-se a cortina, depois de vários meses de esforços, de êxitos grandes e sonoros, ou pequenos e silenciosos, de progressos, de ensaios e ultrapassagem de alguns obstáculos. É o momento de colher e fazer balanço. Os alunos, os pais e os professores chegaram ao fim de mais uma longa caminhada. Pastas com projetos, atividades delineadas, relatórios e avaliações dançam na nossa mente e até parece que está tudo calculado.
Vivamos este tempo tão merecido com a satisfação de termos transmitido aos nossos alunos os melhores valores, conhecimento, educação…, felizes de termos dado o melhor sorriso, os nossos sonhos, dedicação, disponibilidade e muito amor.
Acompanhemos com a canção dos Finalistas, momentos que expressam as emoções vivenciadas com os “nossos alunos” neste dia, e, a quem já estamos a dar um beijo de um “até breve”!

CHEGAMOS AO FIM
Chegámos ao fim
Deste ano que passou,
Estudámos muito
Mas brincamos também.
Adeus, adeus…
E vou com saudade,
Adeus, adeus…
E volto com vontade!
E continuamos
Cantando vivamente,
Porque hoje é dia
De muita alegria!
Adeus, adeus…
E vou com saudade,
Adeus, adeus…
E volto com vontade!
E finalizamos
A nossa canção,
Com este refrão
Vamos todos cantar!

Adeus, adeus…
E vou com saudade,
Adeus, adeus…
E volto com vontade!

EB1/JI de Teixugueira - Silvares, julho de 2012













Conversa com os Avós, no Jardim-de-Infância de Silvares

Os avós significam a continuidade das tradições e das memórias familiares, dos valores morais, e, são as figuras que complementam perfeitamente os pais, quer no carinho, quer na educação. Representam uma ponte entre o passado e o presente e um ponto de referência para as crianças.
Assim, as salas 1 e 2 do Jardim de Infância de Silvares em parceria com a Biblioteca Escolar, dinamizaram no dia 5 de junho, a atividade intitulada "Conversas com os Avós".
Foi apresentada uma poesia e canções do livro “Canta o Galo” e os presentes tiveram oportunidade de relatarem as suas experiências de vida e responderam a questões colocadas pelas crianças. Um avô e uma avó apresentaram uma pequena encenação, onde assumiram um pequeno papel relacionado com a sua infância, nomeadamente a maneira de vestir, os materiais escolares que usavam e alguns jogos que realizavam. Esta atividade teve como principais objetivos valorizar a história pessoal, social e cultural das famílias através do conhecimento de alguns episódios e testemunhos do passado; conhecer, respeitar e valorizar os avós; levar os alunos a identificarem-se como membro de uma família, apreciá-la como própria e particular, a partir dos testemunhos, histórias e vivencias.
Ao representarem e partilharem acontecimentos/vivências, surgiram conversas, perguntas, conteúdos e momentos significativos, de convívio e cumplicidade.
Os objetivos propostos para esta atividade foram atingidos, revelando-se numa mais-valia para todos os intervenientes, proporcionando oportunidades e momentos agradáveis de partilha de experiências e saberes.
“Ter netos é, para a maioria dos avós, uma boa recompensa da idade, uma oportunidade única de ver a vida de outro modo.”

JI de Silvares, junho de 2012











terça-feira, 29 de maio de 2012

Visita de estudo a Guimarães, pela EB1/JI de Silvares

“Desde 21 de janeiro deste ano que Guimarães é capital europeia da cultura. Até ao final do ano, um vasto programa cultural anima esta cidade minhota que tem também para mostrar um dos mais belos centros históricos portugueses, classificado pela UNESCO. Uma cidade que se abre ao futuro sem renegar as suas origens medievais.”
A origem de Guimarães remonta a uma villa, então designada Vimaranes, que se julga ser o genitivo do nome pessoal de origem germânica Vimara ou Guimara, o qual seria um dos donos desta terra. Com o passar dos séculos, a palavra foi evoluindo para Guimarães por via do Latim. No entanto, ainda hoje os habitantes de Guimarães são designados por "Vimaranenses". Habitualmente designada por Berço da Nacionalidade, a cidade de Guimarães possui características ímpares que a distinguem de outras cidades portuguesas e a colocam num lugar de relevo na História de Portugal. É uma região cheia de tradições, monumentos, lendas, artesanato, gastronomia e com espaços de beleza natural que testemunham a sua grandeza ao longo dos séculos.
O Serviço Educativo da Câmara Municipal de Guimarães tem como missão tornar o Paço dos Duques de Bragança / Castelo de Guimarães espaços abertos à comunidade onde a descoberta dos espaços museológicos se torne um desafio às aprendizagens. Para tal, desenvolve um conjunto de atividades pedagógicas e culturais direcionadas às várias faixas etárias com um atendimento especializado. Os objetivos deste serviço são: divulgar os núcleos museológicos que se encontram nestes espaços e as suas coleções de alto valor histórico e patrimonial; fomentar o gosto pelo património, pela sua valorização e sua preservação; criar experiências sociais e culturais tendo em vista a criação de novos públicos para os museus e contribuir para o conhecimento dos monumentos nacionais.
Segundo a organização: “O Castelo em 3 Atos: Assalto, Destruição, Reconstrução, é um projeto multifacetado que utiliza a ideia de Castelo como poderosa metáfora que agarra as grandes questões contemporâneas. Pertinentemente, o Castelo é também o símbolo mais forte de Guimarães. Por isso, permite, simultaneamente, não escamotear uma realidade da cidade e serve de pretexto para introduzir temas que agitam o nosso tempo. O Castelo é assim passado e futuro, raiz e utopia, origem e destino, fortaleza e palácio, unidade e diversidade. No imaginário nacional, o Castelo de Guimarães corresponde ao mito da origem, pelo menos da origem da nacionalidade. Questionar todas estas flutuações num momento em que Guimarães é Capital Europeia da Cultura e o destino da Europa se encontra mais aberto e indefinido do que nunca, é não só oportuno como indispensável. O projeto utiliza vários dispositivos visuais e semânticos para explorar o problema que enuncia, encomendados especificamente para o efeito: Artes Visuais, Cinema, Literatura, Arquitetura, Design, Cozinha e naturalmente Pensamento através de duas grandes Conferências Internacionais sobre o Futuro da Europa e sobre o Futuro do Mundo numa Europa sem Futuro (à vista) ”.
O projeto da Escola de Silvares “A Nossa identidade”, que se inscreve numa perspetiva histórica/cultural de valores e atitudes, é um documento que confere a este estabelecimento de ensino uma personalidade e um cariz próprios e que contem em si o germe essencial que fornece a todos os elementos da Escola um vínculo de cidadania, tornando-os elementos civicamente responsáveis e culturalmente ativos. Como nos diz Piaget “o conhecimento não provém nem dos objetos, nem da criança, mas sim das interações entre as crianças e os objetos”. O “mundo” que nos rodeia é muito atrativo e suscita curiosidade nas crianças. Quando proporcionamos à criança a oportunidade de construir genuinamente o conhecimento através da ação, somos muitas vezes surpreendidos, sendo que os resultados superam quase sempre as nossas expetativas. Por este motivo dinamizamos um conjunto de atividades, sobre “A nossa identidade”, que passaram por um passeio pelo centro histórico de Guimarães, pela visita ao Castelo, Paço dos Duques, Parque da Cidade e por visitas ao Centro Cultural Vila Flor, onde as crianças tiveram oportunidade de interagir na oficina do azulejo e na atividade do “Nascimento”. Estas visitas de estudo tiveram um caráter educativo e lúdico.
A panificação destas atividades assentaram num trabalho conjunto entre o JI, o 1º Ciclo, a BE e a Câmara Municipal de Guimarães, e, teve como objetivo principal potenciar o desenvolvimento de capacidades que permitissem às crianças integrar-se no ambiente que as rodeia, tornando-as cidadãs do mundo, conhecendo e respeitando a sua identidade e as diferentes culturas. Ao partilhar a organização das mesmas, estabeleceram-se laços de conhecimento e partilha que foram a base do seu êxito. Considerar o centro histórico e cultural de Guimarães como recurso essencial na altura de planificar estas Visitas de Estudo foi de vital importância, uma vez que o meio promove determinadas ações e facilita a construção de atitudes e competências que promovem a socialização e favorecem a consolidação de múltiplas aprendizagens.
Segundo Houaiss, tradição “consiste na herança cultural, no legado das crenças e no conjunto de valores morais e espirituais transmitidos de uma geração para outra”-, o ato de um adulto dedicar certo tempo para relatar a uma criança histórias ou fazê-la participar de factos históricos já ocorridos é um estímulo ao desenvolvimento da cidadania, da afetividade e do respeito. Afinal, um indivíduo “sem histórias, da sua História” torna-se alguém vazio no futuro.

EB1/JI de Teixugueira – Silvares