terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Os pequenos REIS MAGOS de Silvares


O Dia de Reis, fecha a época festiva do Natal. Os Reis Magos eram três sábios astrólogos do Oriente e chamavam-se: Melchior, Gaspar e Baltazar. Supõe-se que eram sábios, porque na Idade Média, o termo “mago” era sinónimo de “sábio”, e esta sabedoria está manifesta no Auto ou Reprodução dos Reis Magos, um pequeno texto teatral do século XII. Estudavam o céu e conheciam as estrelas, por isso se surpreenderam ao encontrar uma nova estrela e decidiram segui-la. Os Reis Magos foram transformados pela tradição em Reis do Oriente, e, supõe-se que é de lá que vêm todos os anos para nos visitarem no dia 6 de janeiro.
Um beneditino, doutor da igreja do século XIV, descreveu os Reis Magos num manuscrito: Belchior era um velho rei de cabelos e barbas brancas. O seu presente para Jesus é ouro, que representa a sua natureza real; Gaspar por sua vez, era um rei jovem e robusto. O seu presente é o incenso, que representa a natureza divina de Jesus; e, finalmente Baltazar era descrito como um rei negro, de barba cerrada e de meia-idade. O seu presente é a mirra, uma especiaria usada como analgésico. Este presente representa o sofrimento e morte futura de Jesus. Durante a sua crucificação, Nicodemos oferece vinho misturado com mirra para aliviar as dores.  
A tradição de cantar os Reis, ou as Janeiras, é muito antiga e ainda está muito presente em muitas terras portuguesas. Está nas nossas mãos preservar o que de bom as nossas tradições têm e que fazem com que nos identifiquemos culturalmente com a nossa região e cultura. Assim, o Jardim-de-infância de Silvares celebrou o dia de Reis, dialogando com os seus alunos sobre o significado desta tradição; realizando coroas, com cartolinas e adereços decorativos; construindo instrumentos musicais com materiais de desperdício; explorando imagens, lendas e histórias referentes ao tema, e, cantando os Reis pela comunidade local. Durante uma semana, ouviram-se crianças a baterem às portas e a cantarem quadras alusivas às festas. As pessoas visitadas responderam com uma palavra ou lembrança de agradecimento e o grupo avançava para a casa seguinte.
As crianças participaram com grande entusiasmo e dedicação nesta atividade, tornando-os elementos civicamente responsáveis e culturalmente ativos.
A todos aqueles que nos acolheram e permitiram a plena concretização desta atividade, um bem-haja.

JI de Silvares, janeiro 2013







“Conversas com Mães”, em Silvares


O livro “O principezinho”, de Antoine de Saint-Exupery, é uma história terna que apresenta uma exposição sentida sobre a tristeza e a solidão, dotada de uma filosofia ansiosa e poética, que revela algumas reflexões sobre o que de fato são os valores da vida. Quem leu este livro, lembra-se com certeza do amor e carinho que este principezinho dedicou à sua flor, de como ela cresceu e se tornou mais forte com os seus cuidados. Não será isto o que se passa com as nossas crianças? É com o nosso amor, proteção e disponibilidade que eles, tal como a flor da história se tornam mais fortes e melhores seres humanos.
As crianças experimentam ao ouvir o outro, e em especial as suas mães, uma agradável sensação de bem-estar, plenitude e harmonia que lhes permite sentirem-se protegidos, ouvidos e mais unidos à outra pessoa, apaziguando os seus receios e alegrando as suas vivências da infância.
Em parceria com a Biblioteca Escolar, foi dinamizada, na EB1/JI de Silvares, a atividade intitulada “Conversas com Mães”, que teve como principais objetivos valorizar a história pessoal, social e cultural das famílias através do conhecimento de alguns episódios e testemunhos do passado; conhecer, respeitar e valorizar as mães; levar os alunos a identificarem-se como membro de uma família, apreciá-la como própria e particular, a partir das observações, histórias e experiências. Foram apresentadas histórias, explorados livros/contos e recitadas poesias por algumas crianças. As mães interagiram com as crianças, relataram vivências/experiências e escutaram com atenção a intervenção de alguns alunos. No fim todos os participantes realizaram o registo desta atividade num livro e realizou-se um lanche convívio.
Estas aprendizagens /experiências, basearam-se na exploração do carácter lúdico da linguagem, no prazer em lidar com as palavras, sons e na descoberta das interpretações, levando a que as crianças vivenciassem um conjunto de experiências.
Ao observar, apresentar, partilhar acontecimentos e vivências, surgiram conversas, perguntas, conteúdos e momentos significativos, de convívio e cumplicidade.
Fica aqui um desafio, para que os pais e encarregados de educação, consigam mudar alguma coisa na organização das suas vidas, permitindo assim criar um envolvimento mais humano, caloroso e uma intimidade autêntica com os seus educandos.

EB1/JI de Teixugueira - Silvares