“A Capital Europeia da Cultura é uma iniciativa da União Europeia que tem por objetivo a promoção de uma cidade da Europa, por um período de um ano, durante o qual a cidade possui a hipótese de mostrar à Europa, a sua vida e desenvolvimento cultural, permitindo um melhor conhecimento mútuo entre os cidadãos da União Europeia. Guimarães é uma cidade cheia de tradições, monumentos, lendas, artesanato e gastronomia, que testemunham a sua grandeza ao longo dos séculos.”
O Projeto da Escola de Silvares “A Nossa identidade”, assume-se como um documento de trabalho e de planeamento, que define, em função do projeto educativo do Agrupamento, objetivos, formas de organização, programação e avaliação das atividades. Inscreve-se numa perspetiva histórica / cultural de valores e atitudes, pretendendo ser um documento que confira a este estabelecimento de ensino uma personalidade, um cariz próprios e que forneça a todos os elementos da escola um vínculo de cidadania tornando-os elementos civicamente responsáveis e culturalmente ativos.
Como a aprendizagem se centra na motivação do aluno e na aquisição de conhecimentos, a escola de Silvares, realizou no dia 17 de novembro uma visita de estudo ao Museu Alberto Sampaio, para assistirem à apresentação de algumas lendas/histórias que caraterizam esta região: a “Lenda de Santa Catarina da Penha” e “Assim nasceu Guimarães…”. Um espetáculo que trabalhou a mobilidade das silhuetas, jogou com a cumplicidade da luz e transparência da tela, destacando a característica expressionista da imagem. Explorou a imaterialidade e a magia que a sombra remete, aproximando a linguagem, a uma expressão relacionada a sonhos, lendas e histórias. Por isso, é importante buscar no nosso patrimônio cultural a nossa razão de existência, para dar sentido ao teatro de sombras do presente.
Nestes teatrinhos de sombras, explica-se como e onde começou o coração de Guimarães a bater. Viajamos no tempo para falar de lugares, monumentos e personagens históricas ligadas às nossas origens. Procuramos assim, elevar nos alunos o gosto pela aprendizagem, pela investigação, pelo conhecimento, pela história e, tentamos fomentar nesta atividade, o pensamento crítico e a reflexão sobre o que se vê, sente, ouve e pensa, dentro de um espaço cultural.
Mais do que um mero conceito presente no dicionário – segundo o Houaiss, tradição “consiste na herança cultural, no legado das crenças e no conjunto de valores morais e espirituais transmitidos de uma geração para outra”-, o ato de um adulto dedicar certo tempo para relatar a uma criança histórias ou fazê-la participar de factos históricos já ocorridos é um estímulo ao desenvolvimento da cidadania, da afetividade e do respeito. Afinal, um indivíduo “sem histórias, da sua História” torna-se alguém vazio no futuro.
Esta atividade procurou conjugar a atividade escolar com a fruição do Museu. Foi por isso, uma visita educativa, dinâmica, participada e divertida!
EB1/JI de Teixugueira - Silvares, ano letivo 2011/2012