sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DE VOLTA AO PASSADO

O local de nascimento de D. Afonso Henriques, o 1º Rei de Portugal, está envolto em mistério, mas Guimarães é considerado o berço da nação. É unanimemente reconhecido que o nome e a imagem do “Centro Histórico” da Cidade de Guimarães extravasaram há muito as fronteiras do domínio público, com uma sempre subjacente ideia de qualidade associada.
Guimarães é uma região cheia de tradições, monumentos, lendas, artesanato, gastronomia e com espaços de beleza natural que testemunham a sua grandeza ao longo dos séculos.
O Projecto da Escola de Silvares “A Nossa identidade”, assume-se como um documento de trabalho e de planeamento, que define, em função do projecto educativo do Agrupamento, objectivos, formas de organização, programação e avaliação das actividades. Inscreve-se numa perspectiva histórica / cultural de valores e atitudes, pretendendo ser um documento que confira a este estabelecimento de ensino uma personalidade e um cariz próprios e que contenha em si o germe essencial que forneça a todos os elementos da Escola um vínculo de cidadania, tornando-os elementos civicamente responsáveis e culturalmente activos.
Acreditamos que a escola é uma instituição imprescindível para o desenvolvimento e para o bem-estar das pessoas, das organizações e das sociedades e que não deve ser entendida como um local que desenvolve única e exclusivamente a sua actuação dentro do espaço aula. Por este motivo materializamos nos dias 15 e 23 de Novembro, um conjunto de actividades, sobre “A nossa identidade”, que passaram por um passeio pelo centro histórico de Guimarães, visita ao Castelo e Paço dos Duques.   
É vulgar dizer-se que as pedras, os objectos, falam. Efectivamente, a cidade contém, o seu passado escrito nas pedras das muralhas, nas esquinas das ruas, nos balaústres das varandas, nas praças, nas casas rotuladas ou alpendradas, nos monumentos e na análise histórica de factos e momentos.
Mais do que um mero conceito presente no dicionário – segundo o Houaiss, tradição “consiste na herança cultural, no legado das crenças e no conjunto de valores morais e espirituais transmitidos de uma geração para outra”-, o acto de um adulto dedicar certo tempo para relatar a uma criança histórias ou fazê-la participar de factos históricos já ocorridos é um estímulo ao desenvolvimento da cidadania, da afectividade e do respeito. Afinal, um indivíduo “sem histórias, da sua História” torna-se alguém vazio no futuro.

 “É lento ensinar por teorias, mas breve e eficaz fazê-lo pelo exemplo”
Séneca













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